Exercícios e técnicas utilizadas por grandes estrelas podem ser aplicados na rotina de outros profissionais
Madonna, diva da música mundial. Sylvester Stallone, astro veterano de filmes de ação. Nicole Kidman, atriz ganhadora do Oscar. Ozzy Osborne, lendário vocalista de rock que se apresenta no Brasil em outubro com o Black Sabath. Consegue identificar algo em comum entre essas quatro figuras? Eles usam uma técnica ainda pouco comum no Brasil – a Speech LevelSinging (SLS) – que amplia as habilidades vocais e pode trazer benefícios para a autoestima e identidade, mesmo se você não tiver pretensões artísticas.
De acordo com o músico curitibano Wagner Barbosa, um dos poucos professores certificados pela técnica SLS no Brasil, o abuso vocal está presente em muitas profissões. “Entender melhor o funcionamento da voz pode evitar inclusive o afastamento do trabalho. Há maneiras de usar bem a voz sem que isso cause rouquidão – que é diferente de um simples cansaço vocal, resolvido por uma boa noite de sono”, explica.
Os números confirmam a afirmação do especialista: uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com resultados publicados nos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontou que 59,2% dos professores brasileiros sofriam com rouquidão e 25,6% tiveram perda temporária da voz. Em outros estudos, publicados em revistas internacionais, o índice foi semelhante: 57% na Espanha e 58% nos Estados Unidos.
A voz, que pode ser definida como uma interação da respiração, força dos músculos da laringe e das caixas de ressonância que amplificam o som, pode trazer, portanto, impacto sobre a saúde das profissionais. É claro que, se a rouquidão persistir por vários dias, a recomendação é procurar um médico. Mas para o trabalho preventivo e o uso mais eficiente deste instrumento no dia a dia, o programa de treinamento vocal pode ajudar, combinado com ingestão de líquidos e alimentação balanceada.
Como funciona?
A técnica SLS chegou ao Brasil há menos de cinco anos, mas já conquista adeptos também entre artistas que alcançaram su
cesso nacional recentemente, como Marcelo Jeneci e Laura Lavieri, Criolo, Marcelo Pretto, GianaViscardi e Verônica Ferriani. Criado pelo maestro norte-americano Seth Riggs, o método é inusitado e diferente das técnicas tradicionais, porque trabalha com causa e efeito (cause andeffect).
Com um diagnóstico detalhado realizado pelo professor, o exercício é aplicado de forma individual, de acordo com a dificuldade do aluno. Por exemplo: para quem já é cantor ou pretende se tornar um profissional da voz, Wagner explica que o principal erro é achar que precisamos executar muitas tarefas ao cantar. “Isso despende muita energia. Entender o funcionamento do instrumento voz é a grande chave. Assim você percebe que, na verdade, tem que fazer menos coisas ao mesmo tempo e a voz pode soar mais livremente”, afirma o músico.
Fonte: Portal UAI
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