O refluxo laringofaríngeo (RLF) é uma condição em que o conteúdo do estômago retorna para o trato laringofaríngeo, causando irritação nas regiões da laringe e faringe. Diferentemente do refluxo gastroesofágico tradicional, o RLF pode não apresentar os sintomas típicos de azia e queimação, mas manifestar-se com sintomas como tosse persistente, rouquidão, pigarro frequente e sensação de “bolo” na garganta. Esses sintomas podem ocorrer devido ao contato frequente do conteúdo estomacal com as mucosas sensíveis das vias aéreas superiores.
Os fatores de risco para o refluxo laringofaríngeo incluem obesidade, tabagismo, consumo excessivo de alimentos ricos em gordura, cafeína e chocolate, além de posturas corporais inadequadas após as refeições, principalmente deitar após se alimentar.
O diagnóstico geralmente é realizado pelo otorrinolaringologista, que pode utilizar exames como a laringoscopia para avaliar as alterações na laringe causadas pelo RLF. Além disso, testes específicos, como o pHmetria esofágica e endoscopia digestiva alta, podem ser realizados para confirmar a presença do refluxo e afastar outras doenças.
O tratamento do refluxo laringofaríngeo geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como evitar excesso de cafeína, chocolate, frutas ácidas, bebidas gaseificadas, pimenta; perder peso, cessar tabagismo, reduzir o consumo de álcool, praticar atividade física regularmente e elevar a cabeceira da cama durante o sono. Além disso, medicamentos antiácidos, inibidores de bomba de prótons e moduladores da motilidade intestina podem ser prescritos para controlar os sintomas e reduzir a irritação nas vias aéreas superiores. A abordagem terapêutica personalizada dependerá da gravidade dos sintomas e das características individuais do paciente. Consultar um profissional de saúde é crucial para o diagnóstico preciso e o tratamento eficaz do refluxo laringofaríngeo.