É difícil ouvir o som da sua própria voz. Mas esse som pode afetar a impressão que outras pessoas têm de você mais ainda do que o que você diz.Uma voz forte e calma pode melhorar suas chances de chegar ao cargo de diretor-presidente. E uma voz gemida e nasalada, um tom rouco ou um volume estridente pode acabar distraindo os colegas.
Novas pesquisas mostram que o som da voz de uma pessoa influencia fortemente como ela é vista. O som da voz de um palestrante importa duas vezes mais do que o conteúdo da sua mensagem, de acordo com um estudo com base em 120 apresentações de executivos, realizado no ano passado pela QuantifiedImpressions, uma empresa de análises de comunicação de Austin, no Estado americano do Texas.
Os pesquisadores usaram um software para analisar as vozes dos palestrantes, depois coletaram a opinião de um grupo de dez especialistas e de 1.000 ouvintes. A qualidade da voz dos oradores teve peso de 23% nas avaliações dos ouvintes; o conteúdo das mensagens, 11%. Outros fatores foram o entusiasmo dos palestrantes, conhecimento e presença.
Pessoas que ouvem gravações de vozes ásperas, fracas, cansadas ou ofegantes tendem a qualificar o orador como uma pessoa negativa, fraca, passiva ou tensa. Pessoas com voz normal são vistas como bem-sucedidas, sensuais, sociáveis e inteligentes, de acordo com um estudo de 74 adultos publicado recentemente no “JournalofVoice”. “Nós somos programados para julgar as pessoas. Você ouve alguém falar e a primeira coisa que você faz é formar uma opinião da pessoa”, diz Lynda Stucky, presidente da ClearlySpeaking, empresa de treinamento de Pittsburgh, na Pensilvânia.
Outras características vocais irritantes incluem quando a pessoa enuncia frases como se fossem perguntas e quando ela tem como tique incluir ruídos estranhos, as muletas verbais, no final das palavras. Essas esquisitices “fazem o ouvinte pensar que a pessoa que está falando está desconfortável ou com dor”, diz Brian Petty, um patologista da fala do Centro de Voz da EmoryUnivesity, em Atlanta, no Estado americano da Georgia.
http://online.wsj.com/article/SB10001424127887324474004578445424180757916.html
Fonte:The Wall Street Journal